Ela morava na cidade grande. Lá aprendeu a pensar, a não julgar, a aceitar as pessoas como elas são. Tinha uma mente super aberta, e entrava em contato com vários tipos de pessoas, gays, roqueiros, ateus, usuários de maconha, evangélicos entre outros, e nenhuma preocupação do que iam falar dela. E quem ia falar? Com essas pessoas, ela aprendeu a ver além dos rótulos, o que tinha por trás deles. E com isso, descobriu seres humanos iguais a todos. Por trás desses rótulos existiam pessoas, chatas, boas, e outras até toleráveis, de bom e mau caráter. Ela colheu para si as boas, e fez delas amigos. Certo dia foi obrigada, por motivos pessoais, a morar no interior. Vida tranquila, pessoas acolhedoras, mas com um detalhe que até então ela não estava acostumada a conviver, as pessoas pensavam totalmente diferente dela. Elas tinham o que costumam chamar de 'mentes fechadas' ao novo e ao diferente, e se comportam como paparazes que espiam, espalham, e distorcem os fatos.
Sou o que penso. Esse é meu mundo, o qual não posso pedir parada.