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Mostrando postagens de 2012

Desilusão

Campina Grande, 16 de agosto de 2012 Cara Amiga Não sei se ela chegou em minha vida por ordem do destino, ou foi uma peça do acaso. Só sei que das poucas vezes que eu a via, parecia que não fazíamos parte desse mundo, pois meu mundo se resumia somente a ela. Perdi a conta das vezes que eu ficava olhando para o celular, ou online, na esperança de um contato qualquer. Com um tempo fui observando que meus sentimentos só aumentavam, enquanto os dela aos poucos esfriavam. Mas mesmo assim ela sempre jogava migalhas de esperança no meu peito esfomeado de carinho. Tava na cara, definitivamente ela não podia ser minha, mas um coração iludido é cego, não consegue ver o óbvio. A tempo não nos vimos mais... Pela terceira vez em minha vida eu estou aqui, com sentimentos a ser compartilhado e ninguém a receber. Mais uma vez eu sinto o gosto amargo de uma desilusão, e junto com ela, a difícil missão de esquecer.          ♫   A maior desilusão, é querer ter não conseguir, e nem se quer toc

Lado A, Lado B

A-  Ele sempre chega de carro, toca no interfone, apartamento 503 , sobe e passa horas com ela. Não escuto barulho nenhum, ficam no sofá vendo TV e namorando entre os intervalos da novela. O sexo é feito com cuidado devido o barulho. Ela deve usar um travesseiro na boca impedindo que o som do prazer se espalhe pelo edifício. Muitas vezes depois de horas, escuto a água do chuveiro caindo no chão, alguns casais gostam de tomar banho juntos depois de uma relação. Eles sempre saem de carro altas horas, com certeza vão para algum barzinho terminar a noite. Sem dúvidas, são namorados, pois isso se repete várias vezes por semana. Mulher morando só, num sei não!  B-  Eu sempre vou de carro, toco o interfone, apartamento 503, subo e passo horas com ela. A gente liga a TV na sala e vamos conversar no quarto, sobre tudo que vem a mente. Ela gosta de falar sobre sua vida, seus problemas, seus estudos, suas desilusões. Vê em minha pessoa alguém digno de sua confiança, ela mesma já me falou is

Filmes, Títulos e Uma Pequena História

Eu vivia curtindo a vida adoidado , antes do doce novembro que te conheci. Uma linda mulher , cabelos encaracolados, morena e algo o qual eu tentava desvendar, o segredo dos seus olhos . Você tinha os olhos lindos, diferente de todos que eu já vi. A praia era o lugar que sempre nos encontrávamos. Você sempre dizia exigindo "temos que ir embora antes que termine o dia , logo depois de apreciarmos o crepúsculo . No início, era apenas amizade, sem segundas intençõe s , aos poucos fui ficando confuso ao ponto de não saber se eu sentia amor ou amizade . Eu não sabia como te falar, dai tive uma ideia, numa tarde de chuva sai correndo na velocidade máxima que meu corpo suportaria, cantando na chuva , dançando passos de cisne negro , sem me preocupar com que os outros iam pensar. Eu cantava que estava apaixonado por você, uma prova de amor , querendo mostrar que a vida é bela quando encontramos a pessoa certa, você veio e me beijou. Um certo dia você me surpreendeu com uma pergun

Quando Sentei Ao Lado Dela.

Era uma manhã com o céu entre nublado e aberto. Eu estava em um lugar bastante frequentado por eu e meus amigos na época em que andar pelo bairro de pés descalços era o meu esporte favorito. De lá, eu via todo o bairro, e movimentando a cabeça fui observando o quanto o tempo tinha mudado as coisas. Depois disso, olhei para o lado e veio a surpresa, ela estava ali, sentada, misteriosa, não falou nada, só sorriu. Eu, coitado, coração acelerado, coisa que só os infelizes refém da paixão conseguem entender. Aos poucos fui me aproximando e olhando bem nos seus olhos, sentei ao seu lado e antes que eu puxasse alguma palavra algo estranho aconteceu. Vi algo saindo entre as nuvens, me levantei e dei uns dois passos a frente, era um objeto o qual se eu detalhasse para alguém, me chamaria de louco. Assustado, corri em direção a uma antiga construção que antes funcionava um matadouro. Eu tinha esquecido algo, sai e vi que ela não estava lá. Desesperado sai correndo em direção as casas na espera

Carta de Amigo

Campina Grande, 15 de fevereiro de 2012 Cara amiga     Recebi a sua correspondência e fiquei inquieto, pois não estou ai para conversarmos sobre o assunto. Mesmo antes de você começar esse relacionamento, eu via em suas palavras uma insegurança. Você mostrava claramente que não queria se relacionar com mais ninguém, devido o final de motivo doloroso do seu último namoro. Hoje, apesar de você ter vencido um pouco o medo e embarcar numa nova história, além da insegurança existe a distância entre vocês dois, e você terá que aprender a lidar com isso.     Muitas vezes você falou que estava se apegando demais, e que era melhor acabar com tudo, assim a dor não seria maior no futuro. Você percebe o que diz? Você pensa no fim, somente no fim. Imagine que seu relacionamento seja um livro de romance. Todo livro desse tipo existe uma história que pode ser longa ou curta, ter um final feliz ou triste. Você não pode começar o livro pelo final, né verdade? Assim o livro ficaria sem graça.  

À Minha Volta

O Leitor   Entrou na sala. O Leitor diz:  Oi À Minha Volta diz: Oi, tudo bem? O Leitor diz:  Tudo, e você? À Minha Volta diz: Não muito... O Leitor diz:  Hummm... O que acontece? À Minha Volta diz:  É que ando pensando em algumas coisas. Estou sentindo como se todos a minha volta estivessem o tempo todo tentando me colocar para baixo. O Leitor diz:  Hã? Geralmente quem fica a nossa volta não são amigos e familiares? À Minha Volta diz: Exatamente. O Leitor diz:  Pois não entendo. Amigos não deviam nos fazer mau algum? À Minha Volta diz:  Sabe como são os amigos, né? São tão próximos da gente que acabam falando coisas que muitas vezes nos angustiam, e que para eles não passam de brincadeiras de amigos. O Leitor diz:  Hum... Estou começando a entender. À Minha Volta diz:  Muita coisa que falo, as vezes até em um desabafo, um dia é colocada em comentários que não me fazem bem. É como que sem querer, meus amigos usassem minhas angústias contra mim. O

Uma Noite Dessas

No ato de esticar uma rede no espaço da sala, descansar o meu corpo apoiando a cabeça no lençol revirado e pegar o controle da TV procurando um canal que alivie o tédio que agonia minhas noites, pensei em você. Pensamentos vieram como imagens na TV. Imagens de momentos vividos e nunca esquecidos, outras de momentos inventados por um coração iludido. A noite seguiu junto com o claro da lua que aparecia entre as telhas. No sono os sonhos revelaram o meu subconsciente e sentimentos confusos que no dia-a-dia não sei definir. O dia chegou trazendo consigo o canto dos pássaros, e mesmo com o meu mau humor matinal devido ao barulho na rua, novamente pensei em você.